Será indignação, tristeza ou mal maior?!
Um estado de espírito indelével, amargo,
Uma dor estranha, ausente,
Uma vaga esperança de tudo ser melhor.
A ausência dos que amamos, o trago
Do que se sente e não se sente.
O vazio…
O caos de tudo o que nos rodeia,
As palavras ocas e sem sentido,
A conversa e o desvario
Deste país sem rumo, sem a teia
Da construção, num sorriso ressentido,
Vago, louco e perdido,
Preso na palavra oca que desnorteia.
Já não se sabe em quem acreditar!
Todos são um triste remedeio
De quem não sabe caminhar
Por si só, livre, solto no seu pensar!
Juntar, unir, confundir, amassar,
São a arte que começa a imperar!
Pisar, esconder, amarfanhar,
São os verbos que aprendemos a conjugar!
E o eco perpetua-se na montanha
Levado pela força da natureza,
Que de si mostra estranheza
Desta loucura tamanha!
Berta Quental Prata (30/09/09)
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