Ah! Gestos hipócitas que se tornaram amaldiçoados,
Sem dó, sem piedade e sem brandura,
Que urdiram a triste desventura,
Dos portugueses, agora amordaçados!
E o tempo passa e já desesperados,
No mundo perdidos, sem ternura,
Muitos já buscam a «sepultura»,
Alheios à esperança, desnorteados!
Vivemos num País, onde a tirania
Conduz à arrogância e cobardia
De aceitar, perante a sátira mordaz,
O bem comum deste País, onde tudo se faz!
E o povo geme e diz que valeis tão pouco,
Mesmo tão pouco!...
Não sabeis ler a suave melodia
Que ainda quer viver o dia-a-dia.
Berta Quental Prata
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