A minha Pátria é o mundo de águas
cruzadas,
De gestos, palavras e sons
impuros,
Prostrados no pântano de leis
amaldiçoadas,
Geladas no tempo, de governos
impuros.
Cerrem meus lábios, como um muro!
Que eu cale, no silêncio
amordaçado,
A terra sem flor, a fonte sem
água, a eternidade!
Que esmoreça, queime e acenda a
sede
Ao viajante, cego e cansado
Da hipocrisia do homem, que se
julga divindade!
Ah! Força suprema e única, capaz
de derrubar
A força de vida, a tenacidade
Dos que lutam por alcançar a
fluidez do ar!
A minha Pátria é o Mundo!
A minha Alma é a Língua
Portuguesa.
(…)/“Contra os canhões, marchar,
marchar/…”
No Hino,… vai-se ao mundo,…
Entrega-se a vida e, é com
tristeza,
Que dizemos, de novo:
“Contra os canhões marchar,
marchar”
Na ignorância de um povo
Que caminha, ao amanhecer, sem
acordar.
Berta Quental Prata
Sem comentários:
Enviar um comentário