quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O vazio



No meio de tantas palavras ocas e vazias,
Impera a solidão.
Ocupa-se o tempo em nada, tempo sem sentido
De vida, tempo de letargia,
À espera do nada, desse ermo de ingratidão.

Berta Quental Prata (03/12/2012)

Anjos

Em todo o lado há Anjos que nos dão A mão. Onde menos esperamos, lá está Ele De braços abertos, espargindo amor! No meio da loucura e da devassidão, Ele nos ama e projeta Aquele Que nos eleva suavemente, com o calor Que emana, com a Luz que nos chama A viver com retidão. Esse gesto calado e silencioso, Aquece e proclama O verdadeiro Amor, radioso. Berta Quental Prata (04/12/2012)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A vida dá que pensar. Hoje tive um susto de morte e mexeu comigo, com a minha reflexão sobre o que faço ou não faço da minha vida. Com a idade, dou, cada vez mais valor à família, que quase não temos. Cumprimos um horário extenso e trazemos para casa o horário de trabalho, o que temos de fazer, o que temos de consultar no E-mail…tantas horas desperdiçadas, ou não. A verdade é que a família, hoje mais do que nunca, compreende que temos de fazer esse esforço todo para garantir o posto de trabalho. Contudo, nunca ninguém compreenderá o que é ser professor, nem mesmo os nossos, que se sentem, muitas vezes, relegados para segundo plano. E nós, quem somos? Vivemos a escola, a profissão, os alunos, os pais, a família, pensamos em todos, tentamos dar o melhor a todos e, quem pensa em nós?! Somos esquecidos por todos. Quem é o “EU” ator do processo? Será justo caminharmos na vida sem que se deem conta de que existimos?! Hoje, fiz dois peões na estrada. Ia devagar. Deveria ter apanhado óleo…Quem sabe, se nem eu o sei? Passa-nos para cabeça, naquele momento intraduzível, o nada! Chego à escola, dou as minhas aulas e, quando estava de saída, dois alunos dirigem-se –me, alterados, porque chegaram atrasados à aula e o professor lhes disse que tinham falta. Eles saíram da aula e depois vieram ter comigo, na qualidade de Diretora de Turma, para pedir ao professor para lhes tirar a falta. Como é que alguém pode fazer isso, se eles não tiveram a humildade de ficar na aula, nem o prazer de ouvir a matéria, mesmo com falta, e pedir ao professor para a retirar no final da aula, justificando a razão do porquê? Porque tinham ido lanchar…Como se os professores tivessem direito de lanchar, ou de almoçar, e deixar os alunos espera! Tudo isto me fez refletir sobre o mundo em que vivemos, sobre a responsabilidade que compete a cada um, individualmente, e a todos no seu conjunto. Quando lhes disse para voltarem para a aula e pedir desculpa ao professor, depois de ouvida toda a argumentação possível para que os acompanhasse (coisa que não fiz), lá foram, revoltados, como se o professor tivesse agido de forma incorreta. Creio que precisamos de mais tempo para educar do que para ensinar. Não há aprendizagem que resista quando os alunos não têm consciência das suas responsabilidades. O que é que se pode fazer quando não há respeito, quando não há educação e consciência do percurso inadequado ao bem comum da sociedade, neste caso, a Escola?! Os pais não conseguem fazer nada deles. E nós? Somos professores e não pais!
É preciso despertar para a realidade que envolve o País! Cada um de nós, deve, tem o dever de denunciar comportamentos incorretos. Se os professores vivem o dilema da Educação em Portugal, ou da falta dela, a sociedade e o governo têm de assumir as suas responsabilidades. Fazer leis, desconhecendo a realidade de uma sala de aulas e de uma escola, é andar para trás no tempo e esconder-se na areia. Não é tempo de jogar ao esconde esconde. É a hora certa para falarmos abertamente dos problemas que afligem a construção da sociedade de hoje e de amanhã. Se ser professor já é difícil, imaginemos os Diretores que dirigem estes conflitos - escola, alunos, professores, pais, autarquias e o MEGA ME!! com as suas leis que surpreendem e arrasam tudo o que se fez, tudo o que se faz, exigindo cada vez mais burocracias, deixando espaço Zero para que o professor se dedique aos alunos, à sua família! Sem estrutura social não há quem resista! Todos nós precisamos de família, de tempo para nós próprios, para repensarmos e reconstruir-mos energias. O MEGA ME que faz o que lhe apetece não olhando a meios para atingir os fins económicos, meios esses que no futuro lhes/nos ficarão bem caros, porque quem pagará a fatura de todos esses erros impensáveis, somos nós, os contribuintes, eu que tenho a coragem de dizer o que está mal! Que Portugal é este, que dirigentes são estes que deixam cair o que de melhor temos?!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Homenagem a Miguel Portas Quando se parte, fica tanto por dizer... Tanto que se desejou afirmar tanto que se quis defender! Soube conjugar "Amar" Esteve presente em momentos conturbados com palavras meigas e calorosas Acalentou...
Cravos na lapela... Tanto cravo à janela! Tanta gente hipócrita Nascida do meio de nada! Tanto cravo na mão De gente de coração. No meio da gente que tem esperança Força para continuar a lutar Tantos outros trazem a herança Da corrupção Simulam sem coração A imagem por trás do luar! Outrora, outros, andavam a vigiar O pastor na sua terna mansidão. Agora, vivem como lobos No egoísmo da sofreguidão! Que importa a dor alheia Se fico de barriga cheia? Uns vivem sem nada Outros, roubam a vida alheia Simulam e agradam! Somos tão loucos! Fazemos tão pouco! Calar é sofrer Chorar é vazio Falar é dizer Que somos o caudal do rio. (25/04/2012)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Acordar

Sabe bem acordar com aquela sensação de bem-estar!
O mundo é nosso, a vida pertence-nos,
Ninguém, mesmo ninguém, nos pode roubar
Esse sentimento de nos pertencer-nos.
Um Bom dia ao dia…
Enche-nos de força para sermos uns vencedores,
Para sermos guerreiros neste Tempo enganoso.
Um Bom dia ao dia, permite-nos a Alegria
De sermos eternos Senhores
(Sem ponto de exclamação)
Porque a vida é tudo isso: emoção.

Berta Quental Prata (09/11/2010)

As respostas

Não me incomodas. É sempre um prazer falar com os meus alunos. O teu texto está interessante, com alguns erros ortográficos e de construção frásica. Não conseguiste definir, mostrar a diferença das duas máximas. O Amor vence sempre, pode é tardar e as pessoas não têm paciência para esperar. O ódio surge no momento, um misto de raiva e de desilusão e por isso a reacção é momentânea. O Amor é instantâneo mas cauteloso, quando verdadeiramente sentido. Não exige, dá. Não pede, entrega-se. O Amor é aquele sentimento que nos invade e nos preenche, que nos ocupa todo o lugar do nosso ser, que faz bater o coração e que deixa a cérebro mais lento, também ele envolvido por esse Amor. O Ódio é o contrário do Amor. É um sentimento, também forte, capaz de nos destruir. Porque é que há leis para o Ódio e não para o Amor? Porque o Ódio destrói, é uma força negativa que corrompe o ser humano e o torna mau, exigente, cego e muito negativo. O ser humano que sente o ódio a transbordar de todo o seu ser, é alguém que perdeu os valores que lhe são inerentes à nascença, é alguém que cresceu sem obedecer às regras e, por isso transgride as leis. É aí que se começa a estabelecer a diferença. Há leis para os crimes, sejam eles quais forem. O Amor não necessita de leis, pois cresce espontaneamente, tal como a papoila em terrenos áridos e secos. O Amor existe em todos nós, está em nós, embora uns sejam "terrenos"mais férteis do que outros. Em alguns, Ele cresce espontâneo, quase incompreensível, num lugar de raiva, de dor e de ódio, mas Ele está lá, observando e tentando compreender o que o rodeia. Há outros lugares em que o Amor é tão natural como a fonte que brota da montanha. Para o Amor não há leis, a não ser as que são impostas pelos homens. O ódio surge no coração e na mente e por isso há leis, porque o ódio não é impune. O Amor já está plantado, é só deixá-lo crescer.

Olhos que não veem

Onde uns veem lágrimas de dor,
Outros verão, porventura,
Seixos do Céu e da lua;
Outros verão apenas Amor.
Onde uns veem moinhos
De Vento…
Outros veem com ver de ver,
Saberão rir nos caminhos,
Lidar com a angústia do Tempo
E chorar, quando tiver de ser.

Este Natal é para todos e nenhuns,
Porque os olhos são esses, os de uns,
Os que vêem os escolhos de nenhuns.

Que todos consigamos viver um Natal em Paz e Harmonia.
Berta Quental Prata

Página de excell

A vida numa página de excell…
Todos os dias, em excell!...
A mesma página social, cheia de números e de contas,
Antes tão simples de fazer!
O que se gasta em tudo, no papel,
O que se destrói da sobrevivência, a troco de contas!!
A mesma página de quem não tem vida para viver,
A mesma página de papel!!
Em quase tudo, querem romper com o passado…
As memórias, a alegria, as lembranças…
Até isso querem tirar aos pobres, aos que trabalham!
Políticos que não são gente, mas são máquinas de contas,
De palavras obtusas e ignorantes, sem lembranças,
Sem presente, futuro ou passado!
Políticos, e homens, e mulheres, pouco de gente,
Sem presente, futuro ou passado.
Gente, que come tudo, que retira a esperança,
Que rouba o direito de viver a quem tem
Passado, presente e futuro.
A quem tem,
A quem luta,
A quem trabalha,
A quem chora e vive com o que tem, sem pedir esmola,
Que não consola!
Queremos ter um Portugal digno de quem luta, de quem sofre, de quem chora e de quem se enterra, bem fundo na “terra” que o viu nascer para o mundo.
Berta Quental Prata (acabado de cozinhar – 17/02/2012

A dor de pensar

Nós, os portugueses e, de entre estes, os professores, merecemos tudo o que temos e o que não temos, por culpa de muitos. Somos o reflexo de uma sociedade de mentira, de hipocrisia e de instabilidade, de falta de valores. Todos cometemos erros, alguns graves, outros menos graves. Todos somos pessoas.
A escola de hoje, falha. Deixamo-nos levar pelo sistema corrupto dos nossos sucessivos governos e aprendemos com eles essa negatividade. Queixámo-nos de quê? Por ter trabalho, ou ausência dele?! Quem o não tem, daria tudo para o ter. Quem o tem, vive à espreita de agir, de desconstruir!
Esta é a sensação que tenho da escola de hoje – um ambiente não aconselhável. Escondemo-nos para não nos magoarmos, para não nos magoarem. Tentamo-nos proteger, associando ao esconderijo a bem aventurança. Sentimo-nos incompletos porque calamos para não sermos atingidos, o que é grave porque quem cala consente. A voz, ou vozes terão de ser ouvidas, o descontentamento, o suplício que reside no pensarmos no trabalho e nas dificuldades que nos esperam. Como resistir, como construir, como fazer ou agir, como crescer, sem se deixar morrer? Ninguém nos apoia, ninguém nos protege, somos barco à deriva, tentando ser fortes individualmente e ser exemplo da sociedade em que vivemos, pois só assim poderemos ser mestres dos nossos alunos e encaminhá-los para um caminho certo, agora tão duro e tão inóspito. É o país em que vivemos e adaptarmo-nos a esta nova realidade não será fácil para ninguém.
O que é uma escola?
O conceito que tenho de escola é de um lugar propício ao desenvolvimento do conhecimento, de um espaço de harmonia, onde todos se conjugam para propiciar um ambiente de trabalho saudável, um espaço onde todos trabalham para o mesmo fim, desde a direção, aos serviços administrativos, ao pessoal não docente mas, sobretudo, ao pessoal docente. É este um ambiente que sempre privilegiei e continuarei a privilegiar. Vejo um ambiente de escola que contraria tudo o que acabei de afirmar, pois as pessoas, e falo em pessoas, o que me é muito grato, não se assumem, enquanto responsáveis por climas de trabalho menos bons. Será que já não basta todas as burocracias que o governo e as leis do ME nos impõe, e que nos desgasta? Também nós seremos o símbolo dessa burocracia que todos abominamos? Desculpem-me. Sou gente e não me consigo calar. Entenda-se quem tiver de se entender e não criem um ambiente de negatividade, que já não é propício ao desenvolvimento do querer e do saber ser Professor. Gosto de lidar com pessoas, porque contribui para a minha construção enquanto ser humano. Espero que saibamos preservar o “nosso espaço escola” e crescermos conjuntamente, apoiando-nos e protegendo-nos.
Berta Olga Torres Quental de Oliveira Prata, 54 anos de vida e de experiências múltiplas do crescimento do ser humano. Gostava de continuar a apostar no grande sonho da minha vida – ser Professora. Deixem-nos trabalhar.
Já agora, aproveito para desejar um Natal Feliz e que o Ano Novo nos traga o que desejamos de verdade.

Feliz Ano 2012

Aprendemos que o sol queima, quando expostos
Aprendemos que viver é difícil, que amar e perdoar é uma longa caminhada.
Aprendemos a tentar compreender um outro que fala, que se expõe, que chora,
Que mostra o quão importante somos nessa estrada delineada.
Não importa o quanto nos importamos, o que construímos,
Não importa o quanto demos de nós pela vida fora!
Importa o que somos!
Levamos anos para se construir a confiança
E apenas segundos para destruir as boas lembranças.
Importa o que somos!
As pessoas que amamos são-nos roubadas muito depressa.
Por isso, devemos deixar que o Amor brote e floresça,
Que construa ambientes, espaços, ocasiões
Inolvidáveis, aqueles instantes, que sem pressa,
Deixam que a urze cresça
E permitem que sejamos felizes, sem grilhões
Que nos roubam a vida, a liberdade,
O direito à vida e à felicidade.




A todos os meus Amigos peço perdão por uma palavra mal pronunciada.
A todos os meus Amigos agradeço o carinho e a amizade que me dispensaram,
O tributo que me prestaram, o gesto simples, a troco de nada.
E a todos aqueles que não me souberam compreender,
Lembro que a vida é feita de instantes e que somos responsáveis pelo que somos,
Somos seres em busca da verdade e do saber entender
O que se esconde para além do que, por opção, não se deixa ver.
Importa o que somos!
Berta Quental Prata (30 de Dezembro de 2011)

Sem Alma

Para quê silenciar a amargura?!
Que se una o povo contra a troika,
Que se junte o povo contra as injustiças,
Contra a fome, a miséria, a sociedade,
Os que têm tudo, tudo, … gente heróica ,(!!!!)
Gente miserável que não conhece a ternura,
A não ser as palmas da gente que quis acreditar em justiça,
Em verdade e honestidade! !
Somos tão pobres, tão crentes, tão sem nada! ...
Oferecemos a vida a quem não faz nada!
Triste destino, no dizer dos poetas;
Triste povo, que vive de aparências!
Afinal, onde estão as excelências,
Onde estão os poetas,
Onde está a exigência,
A inteligência,
Deste povo
Que só se sabe lamentar?!
Que povo este que sabe trabalhar
(reconhecidamente no exterior)
E não sabe dizer bem alto:
-Basta!
O s que trabalham, … não tem família,
Não têm paz, alegria!
Os que trabalham, têm cansaços extremos,
Sentem que lhes foge a vida,
Que os sonhos supremos
São para os que nada fazem
E vivem a vida
A sorrir
E a extorquir,
Sem alma e sem piedade!
Que mundo este de cão,
Onde não se sente o bater do coração??!

Berta Quental Prata

Ser professora

Às vezes, sinto-me cansada, exausta, desiludida
Fruto do mundo em que vivemos.
Mas, se me perguntassem, hoje, se queria ser professora,
Voltaria a dizê-lo com a mesma convicção:
Gosto de ser professora.
A minha Alma, aturdida,
Continua a viver em busca do sonho da Humanidade!
Bate surdo e exausto este coração
Que procura o raiar de uma outra verdade.
Berta Quental Prata

Pilares da vida

Há pessoas tão importantes na minha vida!
A minha família, com lugar de eleição,
Os meus amores mais verdadeiros.
Com eles conto para respirar o sopro da vida.
Os meus Amigos, com eles conto para me ouvirem,
Para me fazerem sorrir e aquecer o coração,
Para ainda acreditar que a voz desta geração
Ainda é fonte que brota e que não nos esquecem
Porque estamos presentes quando nos querem
Partilhar a importância de viver.
Amar, sem retorno, sem exigência,
É grande excelência.
É com essa frontalidade,
Grande dignidade,
Que sigo o caminho da Humanidade.
Que sejamos fortes para resistir,
Que não tenhamos medo de ouvir,
Ou de sentir o sussurrar nas nossas costas !!
Sussurrem, se isso vos dá prazer!
Nós só queremos viver!

Ser Mulher...

Ser Mulher é sentir o mundo!
Está soprando o vento
Que traz notícias de outro evento…
Pelos quatro cantos do universo,
Há mulheres que proclamam liberdade,
Que silenciam o lado controverso
Da humanidade!
Há mulheres que calam sentimentos profundos,
Que escondem sua luminosidade.
Pelos quatro cantos do mundo,
Dizem que ela se assemelha ao homem,
Mas este nunca será ela
Em circunstância alguma!
Vivem lado a lado, dormem
E, mesmo pintada em tela,
A mulher é tudo, menos espuma!
É aquele ser suave e consolador,
Aquela ferida aberta, em dor que assola,
Que solta o grito lancinante
De aflição, de raiva e de amor!
Ela abre os braços, afaga e consola,
Beija, chora e ri, caminha hesitante
Num percurso desigual
Mergulhada no Amor Maternal.

Ser Mulher é sentir a vida a pulsar!

Berta Quental Prata (08/03/2012)

Boas Festas 2012

Esta é a Nossa Casa,
A Nossa segunda Família.
Todos juntos, … abrem-se as asas,
O Sol renasce e a Vida é Alegria.

Assim, recebemos nesta Casa
Os Amigos.
Partilhamos a Vida Contigo,
Consigo.
BOAS FESTAS para toda a comunidade.
Um Natal de Amor e de confraternização.
Vamos dar as Mãos da Fraternidade,
Vamos partilhar com o coração.
Próspero Ano Novo, repleto de Graças,
De Paz, Amor e compreensão.
Que o Novo Ano nos livre de desgraças
E nos dê forças na incompreensão.
Berta Quental Prata (16/12/2011)

Somos como a pedra em erosão

Somos como a pedra, em erosão,
No desgaste físico, medido e desfeito.
Somos Alma, Gente, alguém em construção.
Somos a Terra, o Céu e o Mar,
Fogo e ar rarefeito!
Assim, caminhamos, lançando o olhar
Ao mundo, concluindo
Que afinal o melhor lugar
É a nossa Casa que nos mantém sorrindo,
Onde se conjuga a Vida e o desejo de voltar.
Quem sabe??!
O prazer da vida
É o que vive em nós
Nos mantém a ilusão,
Nos sustenta na dor sentida
Nos mantém de pé, a Nós,
Pedra em erosão.

Berta Quental Prata (14/05/2012)

Os nossos Anjos

Os Anjos das nossas vidas
Um momento de silêncio pela incompreensão
Dos que partem, sem culpa, sem razão.
Um momento de silêncio pelos que se vão
Na dor intensa da ausência, na dor incomensurável
De quem perde um filho, o Amor mais verdadeiro,
Deste Mundo, um Amor além Fronteiras!
Não se quantifica, nem se mede esta dor insuportável!
Um momento de silêncio pelos seres angelicais
Que se vão deste Mundo e que não se esquecem jamais!
Tão puros, tão inocentes, sem culpas, sem vida
Constituída!
Sem mácula, na mágoa e na dor sofrida
Dos seus,
Dos teus e dos meus.
Um abraço ao mundo que os perdeu!

Berta Quental Prata (15/03/2012)